Eu odeio o minha equipe !!!
É fato conhecido que todo mundo um dia já disse a célebre frase: Eu odeio o meu chefe.
E quem disser aqui que nunca disse isso, lamento, a sinceridade mas, esta mentindo, para quem nunca disse isso só existe duas alternativas:
(a) Você não trabalha
(b) É o seu próprio chefe.
Olha, é absolutamente natural odiar o chefe ou a um chefe uma vez na vida. É natural que “seu santo não cruze com o do chefe” em um determinado momento. Portanto, fica tranquilo(a) que está tudo bem!
Mas o assunto falava de “odiar a equipe” não é?
A contextualização acima sobre os chefes serve apenas para traçar o seguinte paralelo: assim como qualquer um de nós pode odiar o chefe, um chefe, enfim, por uma vezinha, por um tempo, ou por uma vida, alguém já parou para pensar que esse cidadão ou cidadã, chefe, também pode odia-lo(a)?
Alguém já pensou que o chefe pode ter “N” razões para te demitir, e ainda assim, não fazê-lo?
Pois bem, esse é o tema da nossa materia de hoje.
Como atuante na área de gestão de pessoas, posso dizer que, tem gente que parece que tem minhoca na cabeça. A empresa contrata, faz treinamento introdutório, faz treinamentos técnicos, faz adaptação e ambientação do cidadão, adaptar a pessoa no posto de trabalho. Entrega as ferramentas de trabalho. E depois de 3 segundos o cidadão/cidadã começa a fazer tudo errado.
Existe uma máxima no meio empresarial que diz mais ou menos assim: Um colaborador só não faz uma determinada tarefa, erra uma determinada tarefa, por apenas e exclusivamente 03 motivos, a saber:
1- Sujeito errou porque não sabe o que tem que fazer:
Nesse caso a culpa é do gestor.
Treine, oriente, esclareça todas as dúvidas do seu liderado para que possa cobrar, no futuro, o desempenho necessário;
2- Sujeito permanece errando agora porque não sabe como fazer:
A culpa já é compartilhada. Ao treinar, orientar e esclarecer o gestor tinha a obrigação de deixar o liderado pronto para tarefa. Ao mesmo tempo este último tem por obrigação esclarecer todas as suas dúvidas, perguntar, esgotar todas as possibilidades de equívocos naquele momento do treinamento. Portanto, a responsabilidade aqui seria compartilhada;
3- O erro persiste. Agora, não tem mais jeito. Erra porque não quer fazer do jeito certo, ai não tem mais jeito.
É demissão e pronto. Dentro de um bom processo de PDCA, nesse momento, cabe um feedback para o departamento de gestão de pessoas para entendermos qual foi o problema no momento da seleção.
Mas enfim. O que quero dizer é que ao invés de você ficar criticando seu chefe, arrumando apelidos para ele, achando que ele está “pegando no seu pé, enfim, essas bobagens que as pessoas se ocupam em raciocinar, eu aconselharia, ao nobre leitor: procure saber antes de odiar o seu chefe se ele não teria motivos para odiá-lo primeiro.
Segue algumas dicas para saber se você é um funcionário com potencial para ser odiado:
1. Faça um auto exame em busca de verificar se todos aqueles pontos que você costuma escrever no seu currículo tipo: Sou uma pessoa motivada, sou uma pessoa proativa, sou perfeccionista (essa é ridícula), enfim, todos aqueles pontos no resumo do currículo. Procure saber se esses tais pontos estão mesmo sendo aplicados. Procure saber se esses pontos, ao menos, existem.
2. Depois lembre-se do que foi passado para você no momento da contratação sobre suas tarefas e expectativas de desempenho. Será que esses índices estão sendo atingidos? Será que você está cumprindo a sua parte? Será que você fez aquilo que prometeu?
3. Nos últimos 12 meses, que cursos você fez da sua área? Que livros, artigos, publicações chegou a ler? Foi a alguma palestra, simpósio, oficina, algo da sua área? Que tipo de reciclagem você tem feito? A resposta dessas perguntas tendem a ser um pouco negativas. A reciclagem para qualquer profissional, atualmente, é um ponto vital para a manutenção e sobrevivencia nas organizações;
4. Que tipo de relacionamento mantém com seus colegas de trabalho? É saudável? É respeitoso? Um bom relacionamento interpessoal dentro das organizações, eu diria que tem um peso extra nos dias de hoje. Ninguém mais aguenta gente mal humorada, resmugando, “budejando” pelos cantos da empresa. Assim como as organizações têm seus diferenciais competitivos muito próximos umas das outras, isso se aplica também às pessoas. Portanto, lembre-se: NINGUÉM É INSUBSTITUÍVEL!!!
5. Como anda sua saúde, seu peso, seu corpo, seu humor? Quero dizer: como anda você, entende? Você tem se cuidado, tem dormido bem, tem tido algum lazer (nem que seja andar na praça no final de semana)? Tem visto sua família, dado atenção aos seus filhos? Enfim, tudo isso afeta o nosso humor e disposição para as atividades cotidianas. Qualquer alteração química em nosso organismo pode gerar um descontrole total levando (queira você ou não) até ao quadro depressivo. Portanto, cuidado: Seu corpo, sua morada!
Enfim, amigo leitor deste periódico, o que quero dizer é tenham cuidado ao apontar o dedo para reclamar do seu chefe. Lembre-se que ao apontar um dedo ficam outros três dedos (“dedo mindim”, “o seu vizim” e o “maior de todos”) olhando para você.
Trocando em miúdos: olhe-se no espelho antes de criticar o seu superior. Ao final se tudo estiver perfeito e você for alguém verdadeiramente exemplar e estiver insatisfeito, corra e procure uma outra oportunidade porque certamente o mercado estará à sua espera.
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